E é aqui que o filme começou a me perder, mesmo enquanto eu continuava a admirar suas performances, direção e senso geral de habilidade.
Eu não vi muitos filmes sobre luto que captassem tão profundamente esse sentimento logo após uma perda catastrófica, onde todos próximos ao falecido estão vagando por aí parecendo que acabaram de sair de um carro destruído e gastando muito tempo sentados e olhando para nada em particular. As cenas de “a vida continua de qualquer maneira” também são fortes, especialmente as cenas de Leo se aproximando dos jogadores de hóquei que se tornam seus amigos, embora a crueldade deles tenha ajudado a desencadear essa catástrofe (isso é uma coisa doentia que acontece na vida, infelizmente – às vezes as pessoas que ajudaram a causar sua mágoa são aquelas que o confortam depois).
Ainda mais comoventes são as cenas da mãe de Rémi, Sophie, parecendo ser atraída por Léo, e ele por ela, no rescaldo – como se ela percebesse que ele poderia ser um filho para ela, um consolo parcial por uma perda insubstituível, e ela uma mãe. para ele. O horror e o choque que se seguem à perda de um filho não é algo que a arte popular ouse examinar de perto com alguma regularidade. As crianças mortas são mais frequentemente referidas no pretérito ou usadas como dispositivos de enredo (aquilo sobre o qual não se fala até que os personagens finalmente falem sobre isso). Então é admirável, de certa forma, que “Close” tenha decidido ir para onde foi.
Mas o que ele encontra e mostra depois de lá ter ido? Essa é a pergunta para a qual não tenho uma boa resposta.
Esta é, quando você vai fundo, a história de uma coisa horrível que aconteceu, que ninguém que realmente ajudou a causar pode entender (ou mostra qualquer sinal de mesmo querendo entender), que ninguém no círculo imediato do menino morto viu chegando ou poderia ter evitado, e isso despedaça a compreensão de duas famílias sobre si mesmas. E deixa o pobre Leo carregando um fardo inimaginável e (para ele) misterioso: ele sente que tudo isso é culpa dele, embora não seja. O filme gera suspense ao nos fazer pensar quando Leo finalmente vai contar a Sophie que (em sua mente) ele causou sua perda. Isso finalmente acontece nos últimos dez minutos da história, e a família do menino morto imediatamente deixa a cidade, e o filme termina com o pobre Leo olhando para a casa agora vazia.